TCE-PI promove curso de letramento racial para discutir racismo estrutural e história da colonização no Brasil

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O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) por meio do Comitê de Equidade Racial e da Escola de Gestão e Controle (EGC), promoveram o curso de Letramento Racial, nesta sexta-feira (16). Mamadú Saido Djaló, doutorando em políticas públicas pela UFPI e Assistente de operações na DFPP – TCE/PI, ministrou a apresentação de 9h às 11h, na Sala 05 da EGC.

O Comitê de Equidade Racial foi instalado no ano passado com o objetivo de discutir políticas de enfrentamento ao racismo, e estimular a promoção da igualdade racial e da justiça social. Durante a exposição do curso, a conselheira Flora Izabel, presidente do comitê, destacou a importância da iniciativa para fundamentar a compreensão dos servidores acerca do processo de colonização e dos fatores que impulsionaram a estruturação do racismo no Brasil.

A Superintendente de Igualdade Racial e Povos Originários da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos, Assunção Aguiar, participou da abertura do curso e ressaltou o papel do racismo estrutural na inferiorização dos negros no Brasil, já que a maioria ganham os salários mais baixos e ocupam cargos de limpeza e cuidados em empresas, instituições públicas e lares.

Segundo Mamadú Saido, o objetivo do curso é contar história da colonização da perspectiva africana, além de mencionar a influência dessas perspectivas na construção da identidade brasileira. “Consiste numa tentativa de fazer uma arqueologia do conhecimento, considerando que nós somos um país que foi escravizado, portanto a história foi mal contada e isso faz com que a sociedade cresça e continue sendo um pouco mais racista, porque as pessoas não conhecem a verdadeira história daquilo que aconteceu. Todos os dados mostram que a população negra continua sendo a base que está mais desfavorecida e consequentemente é um lugar onde o Estado está mais ausente”, reinterou.